Este blog foi criado por alunos do 6º período da Faculdade Newton Paiva para a disciplina Agronegócio ministrado pela professora Maria Eugênia Castanheira, com o intuito de compartilhar informações sobre produtos orgânicos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Governo planeja incentivo a produtor que recuperar área degradada


Objetivo é de que o presidente Lula lance projeto ainda neste governo.
Grupo que discute tema reúne pastas da Agricultura e do Meio Ambiente.

"Hoje o Brasil tem 340 milhões de hectares para a agricultura. Cerca de 200 milhões são pastos e muito mal aproveitados. Se recuperarmos essas áreas, podemos liberar mais 20 milhões de hectares para produção de alimentos". Décio Gazzoni, pesquisador da Embrapa.

O governo federal prepara um programa para conceder incentivos fiscais aos produtores rurais que recuperarem áreas degradadas. Um grupo de trabalho, liderado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e composto por integrantes dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, discute os detalhes e a previsão é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresente o programa ainda neste governo, que termina no fim do ano.

Um dos coordenadores do projeto é o pesquisador Décio Gazzoni, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura. Gazzoni está temporariamente prestando serviços na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência por conta desse projeto.

O pesquisador conversou com o G1 após uma palestra na feira agrícola Agrishow, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, sobre bionergia.

Gazzoni não deu muitos detalhes do projeto porque, segundo ele, o tema ainda está em discussão. A ideia, ele disse, é criar linhas de crédito para o produtor rural que dê incentivo no caso de projetos produtivos que recuperem áreas degradadas. Ele afirmou que como o incentivo se dará ainda não está definido e que num segundo momento os ministérios do Planejamento e da Fazenda entrarão na discussão.

Para o pesquisador, o projeto vai diminuir o desmatamento no país, mas não necessariamente o agricultor deixe de derrubar árvores. "Isso não significa que vão deixar de derrubar árvores no Cerrado, por exemplo. Possivelmente o desmatamento aumente um pouco nos próximos anos. Mas a tendência é de que a situação passe a se estabilizar com os incentivos. Se o agricultor desmatar uma área aqui, recupera outra área ali, e assim consegue-se um crescimento sustentável."

Outros projetos
Na abertura da feira Agrishow, no interior paulista, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, destacou um outro projeto, que também deve incluir incentivos fiscais para a agricultura. O programa, chamado Agricultura de Baixo Carbono (ABC), está em fase de discussões e visa diminuir a emissão de gases poluentes, como os obtidos com as queimadas.

Rossi falou do programa após criticar duramente os ambientalistas que defendem redução na produção agrícola para conter o desmatamento. "Só um doido pode querer diminuir a produção de um país que é celeiro do mundo e que produz 25% dos alimentos comercializados."

Ainda segundo o ministro, em dez anos o país poderá produzir um terço do alimento comercializado no mundo e, por conta disso, precisa aumentar a produção com sustentabilidade.

Fonte: http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/04/governo-planeja-incentivo-produtor-que-recuperar-area-degradada.html

segunda-feira, 26 de abril de 2010

ÁFRICA & ORGÂNICOS


Na BioFach em Nuremberg, em fevereiro de 2010,a África realizou o AFRICA SYMPOSIUM, Markets as Motors for sustainability, onde apresentou a atual situação da agricultura no continente africano.
Há 39 países africanos com desenvolvimento da agricultura orgânica. Os dados estatísticos de 2008 da IFOAM/FiBL, de 33 países somam 880 mil hectares de área certificada em 470 mil produtores.
Uganda é o país com maior área, são 212,3 mil hectares certificados, depois vem a Tunísia com 174,7 mil hectares, seguidos de Etiópia com 99,9 mil, Tanzânia com 72,1 mil, Sudão com 65 e África do Sul, 43 mil, Egito com 40 mil hectares, Gana e Senegal com 25 mil e Madagascar com 19,9 mil hectares.

Diversos temas foram abordados durante o Simpósio, os assuntos mais discutidos foram sobre o processo de garantia e certificação dos produtos, pois como grande parte dos produtores não possui certificação, fica difícil adotar formas de certificação baseadas em normas de outros continentes.
Uganda, que já possui 5,0 % de toda a sua área de produção em sistema orgânico, entra como um grande abastecedor de produtos.
Outros países começam a adotar a agroecologia e a agricultura orgânica como forma de produção de alimentos, fazendo contraposição ás diretrizes de empresas que querem uma "nova revolução verde" na África, com venda e subsídios de insumos químicos, muitas vezes produtos vencidos que empresas de países desenvolvidos desovam seus estoques.

O fato é que diversos países da África já produzem café, chá, frutas, vegetais, cacau, amendoim, algodão, amêndoas, óleos diversos, cana de açúcar, oliva e até flores ornamentais orgânicas. O grande desafio é a estruturação da produção e a garantia de mercado. Até o momento o mercado interno não é expressivo, a maior parte da produção é exportada e Uganda, maior exportador vendeu em 2008 30,8 milhões de dólares de produtos orgânicos certificados.

sábado, 17 de abril de 2010

Plantio de produtos orgânicos gera empregos para moradores de quilombo, em MS.

Com o apoio do SEBRAE em um projeto de agricultura sustentável cerca de 16 famílias moradores de um quilombo em Mato Grosso do Sul resgatam as origens e investem na agricultura de produtos orgânicos, passando a ter uma boa alimentação e uma fonte de renda com a geração de empregos. O projeto estimula a agricultura orgânica e consegue recursos para novas lavouras, principal deles, é o kit de irrigação que custa R$5.00,00 (cinco mil reais) e é doado pela Fundação Banco do Brasil após o envio de um consultor do SEBRAE para avaliar as condições do terrenos.


sábado, 10 de abril de 2010

Olá Leitores,

Essa semana vamos postar uma entrevista bastante interessante com o ator Marcos Palmeira, e para quem não sabe, ele é também um produtor de produtos orgânicos. Seu interesse pelo mundo dos orgânicos começou logo depois que ele adquiriu uma fazenda, na região Serrana do Rio de Janeiro, em 1997, para produzir leite e criar cavalos, sem nenhum interesse ou conhecimento sobre orgânicos. Entretanto, no dia-a-dia, da nova atividade, notou que seus próprios trabalhadores não comiam o que era produzido na fazenda, e os motivos eram de que estes produtos estavam contaminados por agrotóxicos, tendo a conclusão de que algo estava errado. Então foi aí, que ele resolveu pesquisar e correr atrás de informações sobre agricultura orgânica na intenção de produzir alimentos para demanda da fazenda, entretanto esta produção aumentou, tornando um nicho de mercado lucrativo. Atualmente sua fazenda produz quase 60 itens, entre verduras, legumes, frutas e laticínios orgânicos. Na entrevista, ele também fala das dificuldades que a fazenda passou até se tornar lucrativa, de parcerias que não deram certo e principalmente das mudanças de atitudes como um produtor rural e ser humano mais consciente. Se você quiser saber um pouco mais, leia a entrevista no link abaixo.

http://www.oeco.com.br/reportagens/37-reportagens/10943-oeco_15654

sábado, 3 de abril de 2010

Mecanismos de Controle da Qualidade Orgânica

Fonte: Ministério da Agricultura
Link:http://www.prefiraorganicos.com.br/agrorganica/mecanismosdecontrole.aspx

Existe no Brasil uma legislação para certificar os produtos orgânicos com conformidade do Ministério da Agricultura. O SisOrg – Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica possui dois mecanismos de controle, a certificação por auditoria e os sistemas participativos de garantia. Existe uma única exceção, que é o caso da venda direta aos consumidores que façam parte de uma organização de controle social cadastrada junto aos órgãos fiscalizadores.
Passam a integrar o Cadastro Nacional de Produtos Orgânicos os produtores que tenham a garantia da qualidade orgânica estabelecida por qualquer um dos três mecanismos de controle.
No site você pode encontrar os órgãos fiscalizadores de cada região e uma explicação geral sobre os mecanismos de controle, mas o que eu pude perceber foi que no site não constam produtores e nem organismo de avaliação da conformidade orgânica cadastrados.
Diante disso, telefonei para o órgão fiscalizador de Minas Gerais, conversei com a Sra. Miriam, e esta me explicou que houve uma ampliação do prazo para regularização por parte do governo. Ampliação essa, solicitada pela Câmara Temática de Agricultura Orgânica que teve como base os números apresentados no Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, o Brasil possui 90 mil produtores orgânicos, número muito superior às estimativas anteriores, de 15 mil.
Acompanharemos pelo blog se a informação procederá e se até o final do ano de 2010 estará regularizada, se os produtores e os organismos de avaliação das conformidades estarão todos cadastrados e se esse projeto não será mais um de vários outros projetos do governo que não saem do papel.